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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Açaí produzido no Pará terá selo de qualidade


CURSO
Certificação será garantia de que o produto passou por branqueamento
Um selo de qualidade para o açaí pode tornar mais seguro o consumo da fruta no Pará. A medida, que deve ser adotada em breve, foi anunciada ontem pelo titular da Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), Hildegardo Nunes, durante a aula inaugural do curso de capacitação de batedores artesanais de açaí em boas práticas e operação do branqueador. O selo nos pontos de venda vai atestar que o produto passa pelo processo de branqueamento, eliminando o risco de contaminação pela Doença de Chagas. Ainda não há data prevista para que o selo comece a ser utilizado.
"O selo ainda vai depender de uma reunião do GT (Grupo de Trabalho) do Programa Estadual de Qualidade do Açaí, mas vai ser uma boa forma de identificar que o produto passou pelo tratamento correto", afirmou o secretário Hildegardo Nunes. De acordo com ele, a medida vai ajudar o consumidor a identificar os locais onde o produto que é processado seguindo as normas de higiene da Vigilância Sanitária, o que pode levar também a uma mudança importante. "Quando o consumidor começa a escolher o produto certificado, o próprio mercado vai se encarregar de excluir quem não se adequar".
As aulas práticas para os batedores de açaí começam a partir de 4 de março, na Sagri. O curso de boas práticas de manipulação terá duração de apenas oito horas e turmas com até 30 participantes. Técnicos das secretarias municipal e estadual de Saúde vão ministrar as aulas. Inicialmente o curso será disponibilizado apenas para batedores da Grande Belém, mas a Sagri pretende estender as aulas para o interior. De acordo com a Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém (Avabel), dos 2.700 batedores cadastrados, 2 mil já teriam manifestado interesse em passar pela capacitação. "Atualmente, uns 90 batedores de Belém fazem o branqueamento. Muitos já ouviram falar no processo, mas desconhecem como se faz. Por isso, o interesse é grande", afirmou o presidente da Avabel, Carlos Noronha.
As aulas ministradas na Sagri vão ensinar a técnica do branqueamento do açaí aos batedores artesanais. O processo tem sete etapas. A primeira é o chamado peneiramento, onde é retirada a sujeira dos frutos, que depois passam por três lavagens: a primeira apenas com água, a segunda com cloro e a terceira para retirar o excesso de cloro. Só então o produto passa pelo branqueador com água aquecida a 80° por 10 segundos. Em seguida vai para o quarto tanque, de água fria. É com o choque térmico que são eliminados os micro-organismos do fruto, que segue para o despolpamento, última etapa do processo.

FONTE:

Técnicos da Sespa iniciam capacitação para batedores de açaí


Eliminar o estigma de que o açaí seja o único alimento responsável pela transmissão oral da Doença de Chagas é um dos objetivos do curso de capacitação para Batedores Artesanais de Açaí em Boas Práticas e Utilização de Equipamento de Branqueamento, orientado pela equipe de técnicos da Coordenação Estadual de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
O curso acontece a partir desta segunda-feira (4), às 14 horas, na sede da Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), em Belém. Ministrado pelo técnico Milton Gomes dos Santos, a atividade será direcionada a batedores artesanais de açaí da Região Metropolitana de Belém (RMB) sempre de segunda a quinta-feira. As aulas atenderão, até ao final deste ano, aproximadamente 1.700 dos quase 3 mil batedores de açaí que trabalham na região. A medida representa um dos esforços do Programa Estadual de Qualidade do Açaí, desenvolvido pelo governo estadual, para melhorar a qualidade do produto, que é um dos itens clássicos da culinária paraense.
O programa é coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), mas as ações de Vigilância Sanitária e capacitação de batedores são de responsabilidade da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Juntamente com a Sagri e Sespa, outros 12 órgãos públicos, além do Sebrae e Eletronorte, compõem o Programa, que atualmente está empenhado em recomendar o uso de uma técnica batizada de "branqueamento", para evitar que a contaminação do fruto aconteça. Pelo procedimento, o açaí não muda de cor e não tem o gosto alterado.
A nutricionista da Divisão Estadual de Controle de Qualidades de Alimentos, do Departamento de Vigilância Sanitária da Sespa, Dorilea Pantoja, lembra que as ações educativas junto aos batedores de açaí, assim como os manipuladores de alimentos, são de competência dos municípios. Mesmo assim, para evitar a proliferação do Trypanosoma cruzi, causador do Mal de Chagas, o departamento vem trabalhando em conjunto com os municípios na capacitação dos batedores de açaí.
Nesse sentido, a Sespa tem mantido o compromisso de apoiar, auxiliar e monitorar as atividades em todos os municípios, principalmente os prioritários para o Programa de Controle da Doença de Chagas do Pará. O treinamento para os batedores se dá em dois momentos: o primeiro é teórico e aborda temas relacionados às noções de microbiologia, perigo nos alimentos, doenças transmitidas por alimentos e boas práticas.
No segundo momento é feita uma demonstração prática de todas as etapas de processamento do açaí, com a participação dos batedores e finalização com degustação do produto, além da entrega de kits com instrumentos básicos para os batedores. Cada kit é composto por duas camisetas brancas, dois bonés, duas toucas, dois aventais de napa, um termômetro digital, um cronômetro digital, um copo dosador plástico, um filtro e uma peneira de alumínio com tela em plástico. Os integrantes também recebem uma declaração de participação.
Serviço:
Municípios e batedores de açaí que tiverem interesse em saber mais sobre as capacitações devem entrar em contato com a Divisão de Controle da Qualidade dos Alimentos do Departamento de Vigilância Sanitária da Sespa, pelo telefone (91) 4006-4283. As inscrições estão sendo feitas pela Associação dos Vendedores de Açaí de Belém (Avabel), pelo telefone (91) 8873-4860.

Texto:
Mozart Lira - Sespa
Fone: (91) 4006-4822 / 4823 / 
Email: ascomsespa@gmail.com

Secretaria de Estado de Saúde Pública
Av. Conselheiro Furtado nº 1597 Cremação - CEP: 66040-100
Fone: (91) 4006-4809 / 4803
Site: www.sespa.pa.gov.br Email: gabinete.sec@sespa.pa.gov.br

FONTE:

Produção artesanal do açaí é padronizada por meio de decreto

O Governo do Estado está normatizando a manipulação artesanal do açaí e da bacaba. Por meio do decreto nº 326, publicado na última terça-feira (25), o executivo estabelece regras que visam padronizar a produção do fruto, definindo requisitos higiênicos-sanitários para os batedores artesanais e para a infraestrutura dos pontos de venda. Com a medida, o Estado busca conhecer, também, o número real de estabelecimentos que manipulam artesanalmente o açaí, a fim de desenvolver políticas públicas de inclusão sócio-produtivas imediatas neste segmento da cadeia produtiva.
 
A primeira medida a ser implementada pelo decreto é o cadastro dos manipuladores do açaí. Será feito o cadastramento obrigatório semestralmente de todos os estabelecimentos que produzem e comercializam artesanalmente o fruto no Pará. Esse processo será coordenado e executado pelo Grupo de Trabalho formado pelas secretarias de Estado de Agricultura (Sagri) e de Saúde (Sespa). O mesmo grupo também fica responsável por desenvolver campanhas para convocar os batedores artesanais para o cadastramento, além de promover ações de educação sanitária, ressaltando a importância da estruturação e organização dos pontos de venda.
 
O decreto estabelece a infraestrutura necessária para o funcionamento dos pontos de venda do fruto, ressaltando que eles devem estar situados longe de quaisquer criações de animais domésticos, seja em área urbana ou rural. A estrutura física, entre outras especificações, deverá ser construída em alvenaria, com teto de telha forrado de material resistente e de cor clara, que seja de fácil higienização. Além disso, é obrigatório também existir um lavatório exclusivo para a lavagem das mãos na área de manipulação, devendo possuir dispensador de sabão líquido, porta papel toalhas ou outro sistema seguro de secagem das mãos e lixeira acionada sem contato manual.
 
Os estabelecimentos devem contar também com profissionais capacitados, que sejam habilitados para realizar a higienização do fruto, seguido do branqueamento (choque térmico), bem como a higienização do local, respeitando as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O decreto firma ainda a quantidade de hipoclorito que deve ser utilizada a cada litro de açaí, durante a limpeza do fruto. As medidas serão aplicadas pelo Estado e fiscalizadas pelas vigilâncias sanitárias de cada município paraense.
 
Com informações da Agência Pará
FONTE: http://noticias.orm.com.br/noticia.asp?id=574778&|produ%C3%A7%C3%A3o+artesanal+do+a%C3%A7a%C3%AD+%C3%A9+padronizada+por+meio+de+decreto#.UW7mV6Is-dI